Um livro sobre o luto e suas consequências, que navega com maestria entre a ficção e a memória. Quando Rosa Montero leu o impressionante diário (incluído como apêndice neste livro) que Marie Curie escreveu após a morte de seu marido, ela sentiu que a história dessa mulher fascinante guardava uma triste sintonia com a sua própria: Pablo Lizcano, seu companheiro durante 21 anos, morrera havia pouco depois de enfrentar um câncer. As consequências dessa perda geraram este livro vertiginoso e tocante a respeito da morte, mas sobretudo dos laços que nos unem ao extremo da vida.
SOBRE O AUTOR:
Rosa Montero nasceu em Madri, em 1951. Um dos principais nomes da literatura espanhola contemporânea. Ela tem uma próspera carreira literária na qual publicou 17 romances de 1979 até o presente. Muitos desses trabalhos a tornaram digna de importantes prêmios, como: Prêmio O que Ler para o melhor livro (duas vezes), Prêmio da Crítica de Madrid (2014) e o Prêmio Nacional de Literatura de 2017, Prêmio Círculo de Críticos do Chile (1998 e 1999) e Prêmio Roman Primeur de Gaint-Emilion França (2006)
SEGREDINHOS DA OBRA:
A ridícula ideia de nunca mais te ver é uma leitura imperdível. É como ter uma conversa franca sobre a vida, as pessoas e sobre o funcionamento do mundo (leia-se sociedade). Isso, claro, de uma forma que ora faz rir, ora causa comoção. É leve, apesar de tudo. Achei muito interessante, também, as várias fotografias que ilustram os capítulos e as hashtags, tão incorporadas ao nosso dia a dia com as redes sociais, e que Rosa Montero distribuiu ao longo de todo o livro. O fim é angustiantemente belo com o diário de Marie Curie. “Ainda terei coragem para escrever?”, ela se pergunta. Aparentemente, não teve ou não precisou. Devia ter encontrado, naquele momento, seu modo de superar a parte mais difícil.
Texto de Anderson Novaes e Tamires de Carvalho
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CITAÇÕES FAVORITAS:
“Como não tive filhos, a coisa mais importante que me aconteceu na vida foram os meus mortos, e com isso me refiro à morte dos meus entes queridos. Talvez você ache isso lúgubre, mórbido. Eu não vejo assim. Muito pelo contrário: para mim é uma coisa tão lógica, tão natural, tão certa. Apenas nos nascimentos e nas mortes é que saímos do tempo.”
SOBRE A OBRA
Título: A ridícula ideia de nunca mais tiver
Autor: Rosa Montero
Editora: Todavia
Páginas: 208 páginas
Ano de edição: 2019
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