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Semeando Literatura

Quem Somos

Walkiria Ank

Inaugurado em 1990, o Museu de Sherlock Holmes (Sherlock Holmes Museu) é uma casa-museu dedicada à vida e à época do famoso detetive Sherlock Holmes. 221 B Baker Street Londres.

Quem sou eu? Leitora, escritora, mãe, profissional, filha? Sou sempre a mesma pessoa? Ou tenho várias facetas?

Nasci leitora eu creio, meus pais e minha avó sempre estavam com um livro em mãos. Se fecho os olhos, e tento lembrar de minha infância, os livros estão perpetuamente presentes. Aos oito anos, os gibis faziam parte das minhas leituras e brincadeiras, eu era professora e meu gibis meus alunos.

Aos dez anos li quase toda coleção dos clássicos infanto-Juvenis, desde A viagem ao centro da Terra, de Júlio Verne, as aventuras de Narizinho de Monteiro Lobato.

Na estante, os livros de Jorge Amado, me chamavam e minha mãe dizia, ainda tem muitos autores para te encantar. Mas acabei por apoio de meu pai lendo Os capitães de Areia. Vendo minha obsessão, mamãe tratou de esconder Teresa Batista Cansada da Guerra, mas impossível, se conter frente ao amor por um autor.

Mergulhei de cabeças em todos os autores que passaram por minha vida, e me tornei eclética, desde os romances água com açúcar, policiais, filosóficos, grandes clássicos da literatura mundial.

Passados cinquenta anos, aposentada resolvi fazer o que há muitos anos havia planejado, anotar os nomes dos livros lidos. Nestes últimos três anos li uma média de sessenta livros por ano.

Quem sou eu? Uma mistura de mim, e dos personagens que viajaram comigo, sinto saudades de alguns personagens e de lugares que com eles conheci. Revisito alguns livros amados, e fico admirada com o poder que os livros têm de me remeter a novas emoções.

 

Segredinho da leitora: Sherlock Holmes foi por muito anos, minha série de livros policiais favorito. Arthur Conan Doyle criou o lendário Detetive em 1857, e lançava seus contos em revistas na Inglaterra. Somente em 1928 seus contos foram encadernados e vendidos em séries, ao todo foram 60 histórias vividas por Sherlock Holmes. A cada conto Holmes, me instigava a deduzir de forma enigmática cada um de seus mistérios. Em 2017, consegui baixar por PDF todos os contos de Sherlock Holmes, 1358 páginas de suspense. Neste mesmo ano fui a Londres, e é claro a visita ao número 221b Baker Street, estava incluído em meu roteiro de viagem.

 

Maria Palmira Minholi Dias

 

Recém-chegada a literatura.

Sempre recebi muito incentivo para a leitura, mas em certo momento da infância, o livro era um incentivo para sanar insônia. Por volta dos dez anos, acordava no meio da noite com medo, pegava um livro e lia até adormecer. ‘Zezinho, o dono da porquinha preta’ foi um deles. Com isso, por muitos anos livro era sinônimo de medo e sono.

Leitura obrigatória durante a escola era um caos. Deixava-os para a última hora, e isso era pior porque aí é que não lia mesmo, aumentando ainda mais o desinteresse pela leitura. Tive meu primeiro zero. Nem me lembro o livro.

Eventualmente lia um ou outro. Preferência por histórias reais. Corações Sujos de Fernando Morais e Carandiru de Drauzio Varella foram alguns deles.

Optei por faculdade de Matemática para fugir das humanas. Fui estudar a relação da Música com a Matemática, ledo engano. Tive que começar tal estudo por ‘Quando’ e ‘Onde’ tal relação teve início – quando, história; onde, geografia – e muita leitura. E não é que valeu o esforço! Comecei a sentir na pele a interdisciplinaridade.

Já professora, quando menos esperava, estava envolvida em projetos de leitura, com professores de Português. Nessa época desenvolvemos um projeto sobre a importância da leitura para resolver problemas matemáticos, e a importância da lógica matemática para auxiliar a leitura. Mas leitura ainda estava distante da minha rotina.

Sempre considerei importante, mas a leitura ainda era apenas promessas de ano novo. Um livro por mês, que passou a ser um livro a cada bimestre, semestre, ano… e não conseguia cumprir!

Foi só em 2019, quando aceitei o desafio de mediar um Clube de Leitura que os livros passaram a fazer parte do meu dia a dia. Desafio, pois, saio da zona de conforto. É estranho, mas passei a ter um prazer por cada livro lido e estudado. Em 11 meses de projeto li os 11 obrigatórios e mais 6 extras. E que venham muito mais.