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O olho mais azul

Racismo, colorismo, violência doméstica, estupro. São múltiplas as pontas alcançadas pela constelação de personagens e situações criadas por Toni Morrison neste romance. Ou seja, ela desenha um retrato vívido da sociedade americana na década de 1940, época de segregação racial e ausência de direitos civis. Toni narra o presente de Pecola, Claudia e Frieda intercalado com o passado de outros personagens. Além disso, expõe as dolorosas raízes que avançam até o presente. É um ciclo que se repete: a infância de crianças negras marcadas por toda uma sorte de violências, abandonos, refletindo na maneira como estas lidarão com suas próprias crianças.

SOBRE A AUTORA:
Toni Morrison (1931-2019) foi uma escritora, editora e professora norte-americana, vencedora do Prêmio Nobel da Literatura em 1993, tornando-se a primeira mulher negra a conquistar a honraria.

SEGREDINHO DO LIVRO:
Nasceu como um conto, produzido em uma oficina de escrita na Universidade de Howard anos antes, reescrito e reelaborado até se tornar sua primeira publicação em 1970. Com uma recepção fria no lançamento, o trabalho alcançou o devido reconhecimento apenas nos anos 2000, quando integrou o clube de leitura da Oprah. Depois, inclusive, do Nobel de Literatura de Toni Morrison em 1993 – primeira, e ainda única, mulher negra agraciada com o prêmio. Polêmico para uma sociedade conservadora, o livro chegou a ser banido em diferentes escolas americanas.

CITAÇÕES FAVORITAS:
“Preta retinta. Preta retinta. Seu pai dorme pelado. Preta retinta, preta retinta, seu pai dorme pelado. Preta retinta…”

SOBRE A OBRA
Título: O olho mais azul
Autor: Toni Morrison
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 224
Ano de edição ou lançamento: 2019

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