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Juventude

Lua no céu,
Claridade na terra.
Foi numa noite assim,
Simples assim.
Que ela,
Em plenitude e bela,
Me apareceu.
Me senti,
Se possível fosse,
O dono de mim.
Livre e solto no paraíso,
Ou para ser preciso,
Cantando e bailando,
Num imenso jardim.

Passei a enxergar,
O que antes eu não via:
O branco no céu,
O verde na paisagem,
E na água do rio.
E as mesmas cores vi,
Nas asas dos pássaros,
E com eles voei.
Enlevado na imaginação,
E levado sendo,
Pelo soprar do vento.
Sentindo o sentido das coisas.
Pelos sentidos,
Que a alma sente.

Sem a noção do tempo
Vivi plenamente,
Aquele momento,
Em que ela estava comigo.
Mas se a vida toda,
Comigo ela ficasse.
Não me atrevo a ser profundo
Seria como um segundo,
Diante do tempo sem fim.

Encantado eu a contemplava
Enquanto comigo estava,
Antes que o tempo,
A tirasse de mim.
Pois muito em breve,
Somente a lembrança,
Ou quem sabe,
A esperança:
De um outro verde,
De um outro azul,
Num outro jardim.

Adauto Silva, goiano da pequena e longeva cidade de Silvânia. Ainda está à beira da estrada, a contemplar as formigas se cumprimentando no seu ir e vir, enquanto ele, com a rima, vai desatando nós e apertando laços.

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